O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, apontou, em depoimento à Polícia Federal no sábado (02/05), o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, como uma das testemunhas da interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O depoimento já está com o ministro Celso de Mello, relator do inquérito sobre as denúncias de Moro no Supremo Tribunal Federal (STF). As informações foram passadas ao Correio por fontes da Corte e da Procuradoria-Geral da República.
Sergio Moro foi ouvido na qualidade de investigado, após deixar o governo acusando Bolsonaro de tentar acesso a inquéritos e relatórios de inteligência da PF. O procurador-geral da República, Augusto Aras, ao solicitar ao STF a abertura do inqúerito, inseriu entre os crimes a serem investigados os de denunciação caluniosa e prevaricação – quando um funcionário público deixa de cumprir com as atribuições do cargo para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.