Pais de estudantes e profissionais da educação fizeram, nesta sexta-feira (7), uma carreata pedindo o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares do Distrito Federal. Na quinta (6), a Justiça do Trabalho suspendeu a retomada das atividades (entenda abaixo).
O grupo saiu do Colégio Militar de Brasília, por volta das 14h, e seguiu em direção ao Palácio do Buriti. Os carros levavam balões coloridos e cartazes, os motoristas fizeram um buzinaço durante o trajeto.
As aulas presenciais estão suspensas na capital desde o dia 11 de março.
Pais e profissionais da educação concentrados no estacionamento do Colégio Militar de Brasília — Foto: PM-DF/Divulgação
Disputa na Justiça
Na quinta-feira, o desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran determinou a suspensão do retorno presencial nas escolas particulares. A medida liminar vale até que haja uma decisão da ação civil pública em andamento na 6ª Vara do Trabalho de Brasília.
No entendimento do magistrado, a volta às aulas coloca em risco a saúde dos trabalhadores das instituições de ensino e pode atingir o ponto mais alto do número de casos do novo coronavírus no Distrito Federal.
Antes da decisão, na quinta, algumas escolas do DF haviam retornado às aulas, após autorização da juíza Adriana Zveiter. Também na quinta, o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Aloysio Correa da Veiga, determinou a abertura de um “pedido de providências” para analisar a atuação da juíza.
Zveiter é sócia, junto com o pai, em uma empresa que aluga um terreno para uma faculdade privada. Além disso, o pai da magistrada faz parte do conselho de administração do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe). A TV Globo procurou a juíza, mas ela preferiu não dar declarações sobre o caso.