FLÁVIO BOTELHO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON

Um dos significados da palavra solidariedade é “disposição em ajudar, acompanhar ou defender outra pessoa em uma determinada circunstância”. Em 2020, o GDF aplicou o conceito de ser solidário à luz da sua definição por meio de políticas públicas de inclusão, assistência social e proteção à população em vulnerabilidade.

Com a chegada da pandemia do coronavírus, quatro auxílios financeiros foram criados em caráter de urgência: Cartão Prato Cheio, Renda Emergencial, Mobilidade Cidadã e Auxílio Calamidade. Outros dois, as bolsas Alimentação e Alimentação Creche, seguiram mantidos. Somados, os programas ajudaram mais de 130 mil moradores do DF, injetando cerca de R$ 100 milhões na economia local.

“Os programas são grandes conquistas. Nossa preocupação é garantir a alimentação dessas pessoas e a dignidade. Estamos oferecendo à população mais carente, nesse momento difícil, o poder de escolha e a autonomia de compra”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.

Anunciados em maio, o Cartão Prato Cheio e o Renda Emergencial beneficiaram as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) que possuam renda mensal per capita igual ou inferior a meio salário-mínimo (R$ 522,50), porém com algumas diferenças.

Para o primeiro programa, o GDF repassa de R$ 160,00 a R$ 250,00 por mês aos beneficiários, e seu recebimento não excluía a possibilidade de solicitação de outros auxílios; já o segundo transfere R$ 408,00 por mês e só abrange cadastrados nos sistemas da Sedes e que não tenham sido contemplados com nenhum outro benefício, como é o caso do Bolsa Família, do DF Sem Miséria ou do auxílio emergencial do Governo Federal.

O Mobilidade Cidadã, por sua vez, foi criado para socorrer financeiramente mais de 1.700 motoristas de transporte escolar e turístico por três meses com valor de R$ 1,2 mil. Em novembro, o GDF anunciou a prorrogação deste benefício emergencial por mais três meses.

Os outros três auxílios do GDF são: Bolsa Alimentação, Bolsa Alimentação Creche e Auxílio Calamidade. Este último foi concedido para catadores de recicláveis. Trata-se de uma modalidade de benefício eventual para situações de calamidade pública, como a pandemia do coronavírus (veja o quadro abaixo).

Hospedagem e proteção para os mais carentes

Além de socorro financeiro, o governo local também acolheu dois públicos em alta vulnerabilidade na pandemia: pessoas em situação de rua e idosos em risco de contaminação por coronavírus.

Para proteger a população em situação de rua, o GDF também não mediu esforços e ergueu dois alojamentos provisórios: um no Autódromo Internacional Nelson Piquet, no Plano Piloto; e outro no Estádio Maria de Lourdes Abadia, o Abadião, em Ceilândia. Mais de 900 pessoas foram acolhidas em ambos os locais, equipados com camas, armários, roupas, kits de higiene individuais, três refeições diárias e 24h de assistência. O sucesso da iniciativa foi tanto que, em outubro, o governo prorrogou sua duração até 1º de janeiro.

No início de abril, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) anunciou o Hotelaria Solidária, criado para oferecer abrigo a pessoas com mais de 60 anos, que viviam em condições inadequadas. Na fase mais aguda de contaminação, cerca de 300 idosos foram acolhidos em moradia provisória em hotéis do DF durante três meses. A iniciativa, inclusive, foi reconhecida internacionalmente como modelo de enfrentamento à Covid-19.

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