A pandemia de Covid-19 paralisou o mundo, mas desde os primeiros dias o Governo do Distrito Federal (GDF) deu mostras que seria um ano de muito trabalho, não apenas para combater os efeitos do vírus, mas para melhorar as estruturas da saúde pública do DF. Foram meses de muito trabalho, com obras, entregas, melhoria nos serviços e a esperança de dias ainda melhores para uma área tão importante do governo.
Uma grande união de esforços envolveu vários órgãos do GDF. A Secretaria de Saúde, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), o Hospital da Criança de Brasília (HCB) e a Fundação Hemocentro (FHB) tiveram ação integrada para prestar o melhor serviço possível à população.
Na Secretaria de Saúde, 2020 foi um ano de superação. A pandemia fez com que os atendimentos na atenção primária de saúde e em toda a rede fossem alterados e readequados. Os servidores mostraram mais uma vez o quanto são importantes para o funcionamento do atendimento na rede pública e as obras e contratações reforçaram o compromisso da atual gestão em melhorar as condições e instalações das unidades hospitalares.
Em termos de equipe, por exemplo, a Secretaria de Saúde nomeou, até novembro, 3.796 servidores para reforçar os atendimentos à população. Ao todo, foram chamados 1.199 profissionais de saúde efetivos e 2.597 temporários, que ampliaram as equipes e atuaram na prevenção, combate, mitigação e enfrentamento da Covid-19.
“Essas convocações representam um esforço do governo para melhorar a saúde pública com velocidade e qualidade”, explica o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Em 2020, a pasta chamou para cargos efetivos 869 médicos, 214 enfermeiros, 81 especialistas em Saúde e 35 técnicos em Saúde.
Novos equipamentos melhoram atendimento
O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ganhou um moderno e equipado Centro de Radioterapia. Com investimento de R$ 9,1 milhões, o espaço destinado a pacientes oncológicos dinamizou o atendimento na rede. Uma das aquisições importantes para o espaço é o acelerador linear, um equipamento utilizado para tratar a radioterapia, um dos tipos de câncer.
Ainda no combate ao câncer, o GDF destravou a licitação para a construção do Hospital Oncológico de Brasília, que terá investimento de R$ 119 milhões, e será erguido no Setor Noroeste. O projeto prevê uma moderna unidade hospitalar com 172 leitos, sendo 152 de internação e 20 de unidade de terapia intensiva (UTI), além de consultórios multidisciplinares, alas para tratamento de quimioterapia, radioterapia, medicina nuclear, endoscopia e salas de cirurgia conjugadas, entre outros.
Reforço que também foi visto na Atenção Primária. O governo local construiu cinco novas unidades básicas de saúde (UBS), em Sobradinho II (Vila Buritizinho), Paranoá Parque (Quadra 2), Ceilândia (QNR 2), São Sebastião (Jardins Mangueiral) e Planaltina (Vale do Amanhecer). Juntas, elas são capazes de atender aproximadamente 80 mil pessoas.
Em outubro, o serviço de assistência integral à saúde da mulher foi ampliado. O GDF inaugurou o primeiro Centro Especializado de Saúde da Mulher (Cesmu), com capacidade para 3,7 mil atendimentos mensais. As consultas são direcionadas a mulheres com suspeita de câncer ginecológico, que já tenham sido tratadas para outros tipos de neoplasias malignas, bem como mulheres em situação de violência que apresentem comorbidades clínicas.
Ainda no atendimento às mulheres, o GDF zerou a fila para exames de mamografia. Desde o ano passado, além de ampliar o atendimento para esse tipo de demanda, a Secretaria de Saúde investiu na qualidade do serviço com instalação de cinco novos mamógrafos digitais de alta resolução.
Já o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) recebeu R$ 3 milhões de investimentos para reforma da unidade, considerada referência no atendimento pediátrico e ginecológico. O prédio ganhou pintura e iluminação novas. A entrada principal e a recepção da Emergência Pediátrica foram revitalizadas. Mudaram também as janelas e as redes elétrica e hidráulica do espaço onde funcionava o complexo regulador, a gestão de leitos e o Núcleo de Internação e Alta (NIA).
Um dos maiores feitos do GDF em 2020 foi a assinatura da construção de sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O investimento é de R$ 35 milhões, com geração de 1,7 mil empregos.
Sete novas UPAS estão em construção
Um dos maiores feitos do GDF em 2020 foi a assinatura da construção de sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O investimento é de R$ 35 milhões, com geração de 1,7 mil empregos.
As novas UPAs estão sendo erguidas em Brazlândia, Ceilândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Riacho Fundo II e Vicente Pires. Todas têm 1,2 mil metros quadrados – e, quando concluídas, terão capacidade de acolher cerca de 30 mil pessoas por mês (cada uma com cerca de 4,5 mil atendimentos).
As UPAs são administradas pelo Iges-DF, assim como acontece com o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria e as Unidades de Pronto Atendimento já em funcionamento (Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Ceilândia, Samambaia, Sobradinho e São Sebastião).
O Hospital de Base também ganhou uma série de melhorias em 2020, quando completou 60 anos, como a primeira etapa da obra do setor de Medicina Nuclear, com o início da montagem do PET-CT, um aparelho de última geração, que ajuda a diagnosticar doenças de alta complexidade, principalmente a detecção de cânceres, doenças cardíacas e problemas neurológicos, por meio de imagens.
O hospital também teve seu Centro de Trauma ampliado e pontos de hemodiálise ativados. Este ano foram feitos 509 mil exames e procedimentos diagnósticos, 833 mil procedimentos de média e alta complexidade, mais de seis mil cirurgias e 138 mil consultas, entre janeiro e agosto.
O Hospital de Santa Maria, por sua vez, ganhou uma sala vermelha para receber pacientes que necessitam de cuidados e vigilância intensivos enquanto aguardam a definição do diagnóstico, uma cirurgia de emergência ou até mesmo transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Tudo com equipe especializada e equipamentos modernos. O hospital agora tem também um box de emergência pediátrica e um posto de coleta avançado no Centro Obstétrico, entre outras ações.