Seis novos drones de última geração vão reforçar as operações do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF). Os equipamentos já estão prontos para o uso e os militares passam por treinamentos para colocá-los em voo. Um investimento de R$ 622 mil, oriundos de uma emenda parlamentar do deputado distrital Roosevelt Vilela e de recursos da corporação.
Quatro dos “pequenos aviões” são do modelo Mavic 2 Enterprise Dual, que contam com uma câmera térmica, farol de busca, luz beacon (usada para melhor visualização), além de alto-falantes que podem ser usados para alertas.
“Com a câmera térmica, podemos resgatar com mais facilidade uma vítima no período noturno. Pois há a diferença da temperatura dela para a do ambiente e o drone identifica”, explica o militar do Grupamento de Aviação Operacional do Corpo de Bombeiros (Gavop), major Vinicius Santos.“Mas o avião não-tripulado pode ser utilizado nas mais diversas situações como incêndios florestais, grandes eventos, entre outras”, completa.
Os outros drones são os Matrice 210 V2 e têm como diferencial um zoom que aproxima a imagem até 30 vezes. As novas aeronaves estão sendo testadas e bombeiros de outros grupamentos (ambiental e de busca e salvamento) treinados pelos pilotos do Gavop.
“Já temos 40 militares capacitados aqui na aviação operacional. E, nessa segunda etapa, estamos formando mais 30 militares desses dois batalhões. Eles terão um equipamento próprio para suas missões”, explica Santos.
Os aviões não-tripulados também são peça importante no combate à dengue no DF, com o monitoramento aéreo das regiões. Os bombeiros fazem um sobrevoo com o equipamento identificando piscinas abandonadas e empoçamento dentro de residências. Assim, os agentes vão com precisão para os locais com possíveis focos.
Primeiro teste
Instrutor de voo para os novos pilotos, o subtenente Werlen Nascimento conta que um dos drones já participou de uma operação em Goiás, em apoio ao Corpo de Bombeiros do estado. A missão ocorreu em janeiro passado.
“A operação foi em Niquelândia (GO) onde participamos do resgate de um idoso que estava desaparecido. Ele foi localizado, perdido numa mata próxima à cidade”, revela o militar. “Vale lembrar que ao invés de usar uma aeronave tripulada à noite, temos o drone que é mais eficaz e traz imagens precisas”, pontua Werlen.
Segundo o major Vinicius, de acordo com a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Força Aérea Brasileira (FAB), os drones podem voar a um limite de até 120 metros de altura na capital. “É mais do que suficiente para nossas ações”, finaliza ele.