Brasília registrou a maior alta do país no preço da cesta básica em setembro. Segundo uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor passou de R$ 594,59, em agosto, para R$ 617,65, no mês passado. A alta é de 3,38%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a subida no preço da cesta básica é ainda maior e também a mais alta do país: 38,56%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6).
Impacto para o trabalhador
O levantamento do Dieese avalia os preços de 13 itens de alimentação, considerados básicos na dieta de uma pessoa adulta. A entidade analisa dados de 17 capitais.
Segundo a pesquisa, a cesta básica em Brasília é a sétima mais cara do país. Em agosto, a capital ocupava a oitava posição.
Em média, a população do DF precisa trabalhar 123 horas e 32 minutos para adquirir os produtos. O índice é maior que a média nacional, de 115 horas e 2 minutos. O estudo aponta ainda que só a cesta básica representa 60,7% do salário mínimo.
Mais caro e mais barato
Dos 13 produtos analisados pelo Dieese, nove ficaram mais caros em Brasília, entre agosto e setembro. Os demais tiveram queda de preço (veja tabela completa abaixo).
Entre as maiores altas está a da batata, que teve reajuste de 15,89%. No caso do açúcar, que subiu 9,58%, o Dieese afirma que “o principal fator de alta nos preços do varejo foi a oferta restrita de cana-de-açúcar, por causa do clima seco e da falta de chuvas”.
Já para o café, que ficou 10,03% mais caro, “a valorização do dólar em relação ao real, os problemas causados pelo clima seco e a maior demanda interna e externa pelo grão foram os fatores que explicaram o aumento do preço”, segundo o Dieese.
by: LUCAS SANTANA