Os perfumes surgiram há 3 mil a.C. no Egito e na Mesopotâmia, quando começaram as associações de que a fumaça que subia ao céu vindas das queimas durantes as orações, eram um meio de comunicação com os deuses. Muito tempo depois, o químico persa Avicena desenvolveu o processo de destilação, que deu origem à confecção de óleos perfumados, basicamente de flores e ervas. A profusão da perfumaria abriu duas novas frentes além da religiosa: a funcional e a cosmética.  Hoje, uma fragrância é feita de uma mistura de 30 a 300 substâncias diferentes. Todas elas têm três “notas” (cheiros). A nota de saída é a que se dispersa no ar mais facilmente, a mais volátil. A de corpo que é menos volátil. E a de fundo é a que garante a fixação do aroma na pele. Costuma ser a mais densa e também de custo mais elevado.

O desenvolvimento das fragrâncias é feito pelos perfumistas, que são profissionais qualificados e com uma incrível capacidade de percepção e reconhecimento de mais de 2000 aromas diferentes. Eles trabalham com acordes (combinação de duas ou mais notas que perdem sua identidade individual para criar um aroma novo, único e harmônico) conhecidos ou inéditos para criar um perfume, criando discrepâncias dramáticas, elaborando movimentos e evoluções na busca de uma obra bela e coerente.  Nestes acordes, podem existir por exemplo o fougère (lavanda, cumarina, musgo de carvalho), chipre (bergamota, patchouli, musgo de carvalho) ou âmbar (labdanum, olíbano, patchouli) e também os acordes homogêneos como o floral branco (jasmim, muguê, tuberosa, gardênia, flor de laranjeira),  ou cítrico (limão, bergamota, laranja, mandarina, toranja), e também heterogêneos como floral-buquê (rosa, jasmim, íris, lírio-do-vale, violeta), amadeirado-aromático (vetiver, cedro, alecrim, manjericão, limão, bergamota) ou gourmand (qualquer nota combinada com caramelo).

As fragrâncias são desenvolvidas pelos perfumistas a partir de pesquisas de mercado, identificando o público-alvo (jovem, adulto, homem ou mulher) e seu estilo (esportista, aventureiro, romântico…). Com base nessas informações, um perfumista começa a misturar matérias-primas para compor a fórmula e após isto cabe ao laboratório combinar inúmeros ingredientes para reproduzir o perfume idealizado por esse profissional. As fragrâncias testes desenvolvidas são testadas e após isto então será feita a criação do perfume.

Após esta etapa segue-se então para a industrialização do perfume. As matérias-primas são então selecionadas (água, fragrância, álcool) pesadas e misturadas. Esta mistura fica então guardada em reatores por um período determinado de maceração para ganhar intensidade. Em seguida, do reator o líquido desce por tubos até a máquina de envase, onde é colocado em frascos, encaixotados e plastificados, seguem para o armazenamento e posterior entrega nas lojas.

 

by: LUCAS SANTANA

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *