A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta sexta-feira (12), seis suspeitos de comandar um esquema que aplicou um golpe de R$ 3 milhões em prefeituras no interior do Brasil. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Hortolândia e Campinas (SP).
Segundo a investigação, os criminosos se passavam por juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para coagir prefeitos e procuradores com a possibilidade de bloqueio das contas públicas.
“Para evitar os falsos bloqueios, os prefeitos e os procuradores eram induzidos a realizar pagamentos de dívidas inexistentes, representadas por atos judiciais e sentenças falsificadas”, explicou o delegado Dário Freitas, responsável pelo caso.
Os criminosos usavam linhas telefônicas falsas de prefixo (61), supostamente ligadas ao TJDFT, para fornecer atendimento às autoridades públicas, durante o horário de expediente do tribunal, das 12h às 19h. Com isso, convenciam os servidores de que o contato era feito com a Corte de Brasília.
Ainda de acordo com a polícia, os suspeitos também se aproveitavam da troca das equipes das prefeituras, principalmente após a eleição de novos prefeitos, para criar falsas dívidas supostamente ligadas à gestão anterior.
‘Falso juízo’
Esta é a segunda fase da operação batizada de “Falso Juízo”. A investigação iniciou no ano passado e apontou que o grupo vinha atuando desde 2019, “já tendo vitimado dezenas de pequenos municípios brasileiros, em vários estados da federação”, informou a Polícia Civil.
Ao todo, foram identificadas 33 prefeituras vítimas do esquema criminoso, em oito estados:
- Alagoas
- Amazonas
- Bahia
- Ceará
- Goiás
- Mato Grosso do Sul
- Pará
- Paraná
- Piauí
by: LUCAS SANTANA