Um festival internacional de dança que leva a arte para além dos teatros. É assim que Flávia Tápias, bailarina e uma das curadoras do Dança em Trânsito define o festival. O evento é considerado um dos mais importantes festivais internacionais de dança do Brasil, e chega à 20a edição renovando sua aposta na diversidade e na itinerância. “É um festival plural. Ocupamos praças, palácios, pontos turísticos, a rua”, comenta a organizadora.
Ao longo de mais de três meses de programação, o festival vai envolver 32 companhias nacionais e nove internacionais numa circulação por 30 cidades de cinco regiões brasileiras e promover um circuito por Paris, na França. “Além dos espetáculos, existem também as residências de criação, de intercâmbio, de trocas, aulas, oficinas gratuitas e também ações de formação mais intensas”, revela Flávia.
O festival se estende de 14 de julho a 23 de outubro. Em Brasília, as atividades ocorrerão entre os dias 09 e 11 de agosto, com apresentações de espetáculos e exibições de vídeos no Centro Cultural Banco do Brasil e oficinas no Centro de Dança do Distrito Federal. Para os espetáculos no teatro, os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia); na área externa, a entrada é franca. As oficinas têm inscrições gratuitas através do site www.dancaemtransito.com.br.
Segundo Flávia Tápias a importância desse festival pra sociedade é a democratização do acesso à arte. “Quando você desloca a dança, tira ela do teatro, você possibilita que todo o público assista. A gente divulga a dança contemporânea ao mesmo tempo que democratizamos esse acesso a quem, talvez, quisesse assistir mas não tinha oportunidade”, avalia.
Em 2022, o festival se dividiu em oito circuitos, que abarcam diferentes cidades. Brasília integra o quarto circuito e vai receber seis companhias, além de duas programações com seleção de vídeos de espetáculos de dança. Em diferentes espaços do CCBB Brasília, como o teatro e a área externa, será possível conhecer o trabalho dos bailarinos e coreógrafos Kiko López e Hector Plaza, de Barcelona, das companhias Nimo Cia de Dança, Grupo Favela e Grupo Tápias, do Rio de Janeiro, e da Cie GN|MC, também de Barcelona. E no cinema, serão exibidos vídeos de uma mostra especial com a seleção de trabalhos em homenagem aos 20 anos do festival.
De acordo com a curadora do evento, o público pode esperar uma diversidade de trabalho, todos com muita qualidade e bem diversos. “Alguns mais conceituais, outros mais voltados para o movimento, mas todos com uma qualidade de altíssimo nível. Estamos super felizes com o grupo que se formou esse ano, de companhias e artistas que transitam por, aproximadamente, 30 cidades”, pontua.
Já no Centro de Dança do Distrito Federal serão realizadas duas oficinas, voltadas para o público adulto. No dia 9, Guy Nader e Maria Campos, de Barcelona/Espanha, vão trabalhar técnicas de dança contemporânea, assim como queda e rolamento, para dançarinos profissionais, estudantes de dança ou qualquer intérprete que busque aprimorar seus movimentos. E no dia 10, acontece a oficina com Hector Plaza, também de Barcelona/Espanha, com uma série de exercícios onde o objetivo principal é que cada bailarino trabalhe em sua maneira de se mover.