A prisão do homem acusado de atropelar mãe e filha em Planaltina, na manhã de ontem (10), foi convertida em preventiva em audiência de custódia nesta manhã pela Justiça do Distrito Federal.
João Batista Siqueira, de 36 anos, pilotava a moto a 160 km/h, quando atropelou e matou Sandra Sousa Freire, de 33 anos, e Heloísa, de 3 anos, enquanto atravessavam a faixa de pedestres na Avenida da Independência.
A decisão de tornar preventiva foi da 2ª Vara Criminal e do 2º Juizado Especial Criminal de Planaltina, que visa “impedir a prática de outros delitos”.
A juíza Monike de Araújo Cardoso, que apurou o caso, analisou que, pelos autos, extrai-se que o autuado sempre passava por aquela via em alta velocidade. “Ao conduzir deste modo, em via movimentada, tenho que, pelo menos em uma análise inicial, o autuado praticou crimes com possível dolo eventual, assumindo o risco do resultado alcançado”.
O advogado do réu, o defensor público Thiago Santiago, afirmou que, apesar do que aconteceu, João é primário. “[Ele] tem bom antecedentes, não tem qualquer passagem [criminal] quando menor de idade, tem carteira de trabalho assinada. Ao que tudo indica, isso foi um fato isolado”, argumentou.
Conduta irresponsável
Imagens de câmeras de segurança de uma oficina localizada a 150 metros do local, flagraram o motociclista trafegando em alta velocidade segundos antes do atropelamento. A motocicleta só parou cerca de 300 metros de onde ocorreu o impacto com as vítimas.
Segundo o Detran-DF, João Batista possui ocorrências de trânsito anteriores, como a de excesso de velocidade, considerada pela magistrada na audiência de custódia. “Dados preliminares do Detran indicam que ele tem histórico de excesso de velocidade, inclusive com multa por trânsito acima de 150% da velocidade permitida da via”, afirma o diretor de policiamento do Detran-DF, Wesley Cavalcante.
Por meio de nota, o advogado do motorista negou que o acusado estivesse em alta velocidade, e afirmou que quando ele viu as vítimas, já estava muito perto para conseguir frear a tempo. A defesa alega que o cliente “teve um apagão”, e que ele faz uso de remédios controlados.