Veja os técnicos cotados para assumir a seleção brasileira

Após a eliminação para a Croácia, Tite confirmou que deixa o comando da seleção brasileira. A CBF afirma que anunciará o novo técnico em janeiro, sob decisão do presidente, Ednaldo Rodrigues. Alguns nomes, entre estrangeiros e brasileiros, já são especulados.

Veja abaixo os principais cotados para assumir a seleção brasileira em 2023:

Carlo Ancelotti, 63, Real Madrid O italiano é o atual campeão da Champions League e do Campeonato Espanhol, com o Real Madrid. Na equipe merengue, comanda brasileiros como Vinicius Junior, Rodrygo e Éder Militão, além de Casemiro, recém-saído.
Foi cinco vezes campeão de ligas europeias desde 2003, em passagens por Milan, Chelsea, PSG, Real Madrid e Bayern de Munique. Conquistou quatro Champions League como treinador, bicampeão com milaneses e madrilenhos.

Na última temporada, conquistou o título da liga e o campeonato da Champions League em campanha heroica. Com uma mistura de jovens promessas e veteranos fora do auge, o experiente treinador derrubou favoritos como o Manchester City de Guardiola e o Liverpool de Jurgen Klopp.

Ancelotti é uma das inspirações de Tite e, segundo o site UOL Esporte, foi consultado pela CBF em outubro para o cargo na seleção brasileira –ele topa negociar, mas só aceitaria conversar depois do fim da temporada europeia, em junho de 2023.
É visto como um treinador equilibrado entre defesa e ataque.

Fernando Diniz, 48, Fluminense
O técnico mineiro é conhecido por sua fidelidade ao jogo ofensivo e à posse de bola. Suas equipes são elogiadas por praticar um futebol vistoso, mas criticadas por sua irregularidade. Diniz costuma assumir riscos, especialmente na saída de bola, que acontece quase que de maneira obrigatória no chão, com passes curtos e troca de posição entre defensores e meio-campistas.

Com sua ousadia tática, o treinador bateu na trave em momentos decisivos: foi vice do Paulistão de 2016 para o Santos de Dorival Júnior, depois de surpreender São Paulo e Corinthians no mata-mata.
No Athletico Paranaense, foi demitido no meio de 2018, antes de a equipe conquistar a Copa Sul-Americana com Tiago Nunes.

Durante sua passagem pelo São Paulo, chegou mais perto de conquistar seu título de maior expressão: Diniz liderava o Brasileirão com folga de sete pontos para o segundo colocado até a 27ª rodada. Com cerca de um mês e meio para o fim do campeonato, o tricolor paulista foi derrotado cinco vezes, empatou quatro e venceu dois jogos entre os onze faltavam.

O treinador não terminou o campeonato com a equipe: foi demitido na 33ª rodada, e o São Paulo ficou na quarta colocação. O Flamengo, de Rogério Ceni, conquistou o título. Na mesma temporada, ainda com o São Paulo, chegou às semis da Copa do Brasil, mas caiu no Morumbi para o Grêmio de Renato Portaluppi.

Em segunda passagem pelo Fluminense, Diniz chegou novamente às semis da Copa do Brasil, mas caiu novamente, desta vez para o Corinthians, do português Vitor Pereira.

Jorge Jesus, 68, Fenerbahçe
O português conquistou quase tudo que disputou em sua curta passagem pelo Flamengo, entre 2019 e 2020: foi campeão brasileiro e da Libertadores em 2019, e campeão carioca, da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana no ano seguinte. Em pouco tempo, o Mister tornou a equipe carioca praticamente imbatível –entre os 57 jogos disputados, venceu 43, empatou 10 e perdeu 4.

Desde sua saída do rubro-negro, no entanto, não conquistou títulos nas equipes pelas quais passou. Em sua segunda passagem pelo Benfica, foi eliminado precocemente na Champions League na primeira temporada. Na segunda, classificou o time para o mata-mata, mas acabou demitido antes das eliminatórias, após uma derrota para o Porto.

Jesus é outro entusiasta do jogo ofensivo: valoriza a posse de bola no ataque e deixa suas linhas de defesa avançadas, prontas para pressionar após a perda da posse.

Abel Ferreira, 43, Palmeiras
Outro português, o técnico também conquistou muito do que disputou desde que chegou ao Verdão, em setembro de 2020. Na conta, estão duas Libertadores, uma Copa do Brasil, um Brasileirão, um Paulistão e uma Recopa Sul-Americana. Abel foi tão vitorioso em tão pouco tempo que já é considerado por parte da torcida alviverde o maior treinador da história do clube.

Antes do Palmeiras, treinou o Sporting B, Braga e o PAOK. Seu estilo de jogo é reconhecível pelos contra-ataques rápidos e verticais, jogando muitas vezes à espera de um erro do adversário, de maneira mais conservadora do que o idealizado pela maioria dos outros treinadores cotados para a seleção.

Dorival Júnior, 60, sem clube
O técnico paulista pediu para deixar o Flamengo depois que clube sondou o treinador português Vitor Pereira, ex-Corinthians, mesmo depois de bons resultados do rubro-negro em 2022. Segundo Dorival, “a diretoria entendeu, e eu respeito isso, que esse momento seria de uma mudança”.

Contratado em junho, recuperou o time após a saída do português Paulo Souza, que não teve sucesso no primeiro semestre. Recuperou Pedro, que costumava ficar na reserva –o centroavante acabou convocado por Tite devido a seu ótimo desempenho no segundo semestre de 2022. Em outubro, conquistou a Libertadores e a Copa do Brasil com o Flamengo, embalando uma das melhores fases do clube desde a saída de Jorge Jesus.

Dorival envolveu-se em polêmica com Neymar, em 2010, no início da carreira do jogador, quando foi seu técnico no Santos. Entrou em choque com o jovem craque, que o xingou após ser impedido de bater um pênalti. No embate entre os dois, o Santos optou pela demissão de Dorival, que não voltou atrás quanto à necessidade de punir de Neymar, e pretendia deixá-lo afastado por 15 dias após o incidente.

É um técnico ofensivo, que aplica táticas parecidas às de Pep Guardiola, outra figura da lista, com quem estudou durante um período sabático na Europa, acompanhando o trabalho do espanhol no Bayern de Munique. Ao longo de sua carreira, teve passagens por diversos clubes brasileiros. Entre eles, estão Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Athletico Paranaense, Internacional, Fluminense, Ceará, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Vasco.

Pep Guardiola, 51, Manchester City
O espanhol, considerado um dos melhores do mundo, é o sonho de muitos torcedores para o comando da seleção brasileira. Pouco antes da Copa, no entanto, Guardiola estendeu seu contrato com o Manchester City por mais dois anos. Pelo time inglês, conquistou quatro títulos nacionais e busca a inédita Champions League dos Citizens. É improvável que o treinador assuma a seleção, mas há muito tempo é pedido e cotado para o cargo.

Antes, comandou o Bayern de Munique. Com os bávaros, conquistou três campeonatos alemães, mas bateu na trave na Champions. Seu grande trabalho foi o Barcelona, entre 2008 e 2012: lá conquistou duas Champions League e três campeonatos espanhóis, além de ter inspirado o mundo com seu estilo de jogo ofensivo, que valoriza muito a posse de bola.

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