Governo lança movimento pela segurança nas escolas com canais de denúncia e reforço na vigilância

O Governo Federal lança nesta quinta-feira (20) uma campanha pela promoção da paz nas escolas. O movimento “Tamo junto pela paz nas escolas” é lançado de forma integrada com a Operação Escola Segura, de ações preventivas e repressivas 24 horas por dia, iniciada em 6 de abril e sem data para acabar. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), governos estaduais e municipais serão convidados a participar do movimento.

A iniciativa surge após os ataques criminosos às escolas e o aumento da disseminação de conteúdo violento nas redes sociais. Entre as ações lançadas pelo governo está também o Programa Dinheiro Direto na Escola e a destinação de recursos para o combate à violência. Foram liberados, em 6 de abril, R$ 150 milhões para reforçar a segurança nas escolas públicas. Também foi anunciado o aumento de 10 para 50 no número de policias que fazem o monitoramento da chamada Deep Web.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na terça-feira (18) com chefes dos poderes Legislativo e Judiciário, além de ministros, governadores, parlamentares e membros do Ministério Público para discutir políticas de segurança, prevenção e enfrentamento à violência nas escolas.

Na quarta-feira (19), o MEC lançou a cartilha “Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar”, que, além de orientações, traz os canais de denúncias criados pelos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, para denúncias. Além do Disque 100 foi disponibilizado um número de WhatsApp exclusivo.

De acordo com orientações da cartilha, os gestores das instituições de ensino, por meio do conselho escolar, devem reunir os atores da comunidade escolar para desenvolver estratégias apropriadas para seus próprios ambientes educacionais e comunitários.

Ataque em Santa Catarina

Em 5 de abril de 2023, um homem de 25 anos invadiu o Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e agrediu com uma machadinha oito alunos. Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, Bernardo Pabest da Cunha, de 4, Enzo Marchesin, de 4, e Larissa Maia Toldo, de 7, não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Quatro crianças foram internadas e receberam alta.

Ataques a escolas

Segundo levantamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Brasil registrou ao menos 22 ataques de violência extrema em 23 escolas desde 2002. O número é mais alarmante se considerado um recorte recente: mais de um terço desses registros (nove) ocorreu desde junho do ano passado.

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