Obras do Drenar DF atingem marca importante

A primeira etapa das escavações de novas galerias na Asa Norte completou 2 km ontem (20). Ao todo, estão previstas 103 aberturas; 31 já foram executadas e 22 estão em andamento, totalizando 53 perfurações. A escavação dos poços de visita (PVs) também atingiu uma marca importante, de 447 m.

Com investimento de R$ 174 milhões, a obra foi dividida em cinco lotes e é executada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha) e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402 da Asa Norte, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte. Ao final da rota, está sendo construída uma bacia de contenção.

‌O projeto duplicará a capacidade de escoamento da região sem modificar a rede existente. “Essa obra vem sendo projetada e idealizada há muitos anos no Distrito Federal. Visa acabar com as enchentes recorrentes em todo o período de chuvas na Asa Norte”, afirma o diretor técnico substituto da Terracap, João Alberto Siqueira. Para que o novo sistema receba o fluxo pluvial, serão construídas 274 bocas de lobo a partir dos poços de visita

‌Segundo a engenheira civil Jaqueline Resque, contratada para supervisionar os lotes do Drenar DF, o avanço da construção evidencia a eficiência do método. “É um marco para o contrato e uma afirmação das produtividades que estávamos esperando”, diz. Os cinco lotes iniciaram as escavações em datas diferentes e, juntos, empregam mais de 200 pessoas.

A escavação da tubulação é feita com o método tunnel liner, que concentra quase todos os serviços no subterrâneo, de forma manual, com pás e picaretas. Apenas os poços de visita estão ao alcance dos olhos da população. Desta forma, os transtornos são mínimos, sem desvios no trânsito e abertura de valas, por exemplo.

‌A cada 46 cm de solo escavado, chapas de aço curvadas são montadas para sustentar o túnel aberto. As placas, com espessuras que variam de 2,2 mm a 6,5 mm, são parafusadas umas às outras conforme a escavação avança. Além disso, para aumentar a resistência das galerias, o interior da tubulação é revestido com uma camada de concreto que varia de 5 a 7,5 cm de espessura, o que protege o aço do efeito corrosivo da água.

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