Chuva: pra valer, só na quarta, o calor continua a castigar

A primavera chegou no DF, e ao longo desta semana a nebulosidade vai aumentar na capital. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é que comece a chover pra valer a partir de quarta-feira (27). O que pode fazer com que a temperatura caia para 32ºC, até o fim de semana. Nesta segunda-feira (25), a capital registrou recorde de temperatura no ano, com 34.8ºC. Para esta terça-feira (26), a previsão é temperatura máxima de 36ºC.

De acordo com o meteorologista Cleber Souza, a partir de quarta-feira, a nebulosidade e umidade devem aumentar na região central que estava muito seca. “E a tendência de chuva em Brasília ao longo desta semana”, afirma. Ele acrescenta que já choveu nesta última segunda-feira (25), mas foram chuvas fracas em Brazlândia e Santa Luzia, em vista do aquecimento. “Acredito que a partir de quarta-feira tenha um volume de chuva mais significativo ocorrendo no DF se prolongando até o fim de semana”.

A chuva deve amenizar a onda de calor que o DF enfrentou nesses últimos cinco dias, já que Cleber frisa que vai aumentar a nebulosidade, e por consequência, as temperaturas vão diminuir. “É pelo menos um alívio”, adiciona. A previsão para o fim de semana é que fiquem entre 30ºC a 32 ºC.

O aumento da umidade vai ser consequência disso, o que vai favorecer que as temperaturas entrem em declínio ao longo dos próximos dias. Ontem (25), a umidade ficou em torno de 20%, e a previsão é que ainda fique nessa faixa até quarta-feira, quando começa a aumentar.

Recorde de temperatura

O DF vem numa crescente onda de calor, registrando altas temperaturas nessas últimas semanas de setembro. O recorde de temperatura foi 36.7 no Gama, no último domingo (24), a maior até agora. No sábado (23), o registro foi de 35.7ºC no DF. E nesta segunda, Brasília capital teve a maior temperatura do ano, registrando 34.8 ºC.

Ainda nesta última segunda-feira, a região que registrou a maior temperatura foi Planaltina, com 36ºC.

A procura de um refresco

Para se refrescar nesse clima quente, Patrícia Simões, 42, técnica de enfermagem, e família, vieram para uma sorveteria local. Patricia odeia calor, e afirma que tem dia de madrugada que pega uma toalha molhada para tentar dormir mais refrescada. Newton Simoes, 51, bancário, acredita que o sorvete dá uma aliviada muito boa. “Mas aqui em Brasília é um clima de deserto, então tudo que fazemos para aliviar, não adianta. Até com umidificador não adianta”. Para ele, a solução seria que plantassem mais plantas em Brasília, principalmente no Guará, onde ele mora.

A professora Patricia Michelle, 50, também aproveitou que está muito quente e veio com as filhas e o marido para a soverteria. “Brasilia está pegando fogo. A gente acompanha a expectativa da chuva e todo dia esse sofrimento”. O marido dela, Máximo Sousa, 55, analista de sistemas, contou que estava dando raios no Guará na tarde de segunda-feira (25), mas não choveu em todas as quadras da região. “Até deu um vento bom, mas não choveu”.

Tedis Castro, 53, eletrotécnico e Ana Lúcia Alves, 44, administradora, trouxeram o neto Artur de dois anos para tomar sorvete, porque o calor está o afetando mais. “Está tenso, estamos esperando a chuva”. Além do sorvete, Tedis e Ana afirmam que tomam bastante água para aliviar. “mas hoje estava muito quente”, completa Ana.

A primavera

A estação das flores, de acordo com o meteorologista, tem como consequência as ondas de calor frequentes. Ele explica que por conta da pouca nebulosidade na região central, a radiação solar fica muito alta, e as temperaturas aumentam.

O calor elevado dessa estação em específico, vai além das consequências da crise climática. “Climatologicamente essa estação de transição, de final de inverno e inicio da primavera, é onde ocorrem as maiores temperaturas do ano, por estarmos saindo de um período muito seco e entrando num período de chuva”.

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