Reunião técnica sobre açaí reúne mais de 70 pessoas

Aproximadamente 70 produtores rurais participaram, neste sábado (28), de uma Reunião Técnica sobre Açaí promovida pela Emater-DF no Núcleo Rural Boa Vista, região administrativa da Fercal. A atividade fez parte da Semana do Produtor Rural da Emater-DF, em Sobradinho. Cultivares de açaí BRS Pará e a BRS Pai d´égua, manejo das mudas, plantio, colheita, processamento e comercialização foram os temas abordados na reunião.

Os produtores presentes também aprenderam sobre Boas Práticas de Fabricação (BPF), planta básica de uma agroindústria e questões necessárias para regularização e registro. A Rota da Fruticultura, projeto que tem o objetivo transformar o Cerrado no mais novo polo de frutas do Brasil, também foi apresentado aos participantes.

“Esse é um momento de troca de conhecimento importante para o desenvolvimento da fruticultura no DF. O açaí tem mercado, tem potencial de produção no DF e nós acreditamos que investir nessa cadeia é uma opção que pode ajudar a promover o desenvolvimento da agricultura local, gerando emprego e renda para os produtores”, ressaltou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, que participou da atividade.

A produtora Maria Célia Ferreira de Carvalho, 71 anos, disse que pretende apostar no cultivo. “Eu gosto de aprender e de plantar de tudo um pouco. Tenho frutas e um canteiro de hortaliças, umas tudo para o meu consumo. Já fiz vários cursos da Emater e estou sempre aprendendo alguma coisa. Sobre o açaí, eu quero plantar também”, disse.

De acordo com o coordenador de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, como o açaí demora cerca de três anos para a primeira colheita, o ideal é que o produtor faça o plantio consorciado com outras culturas, aproveitando também a irrigação. “É possível plantar, de forma intercalada, ou em consórcio com o açaí, hortaliças, bananeiras, mamoeiro, abacaxizeiro, maracujazeiro, mandioca, graviola, milho e muitas outras culturas”, afirmou.

A Reunião Técnica sobre Açaí foi realizada na propriedade da produtora Aida Kanako Ashiuchi Cardoso, que vive em Brasília desde criança, mas morou durante três anos no Pará, onde viu de perto a cultura da produção e consumo do açaí.

Ao voltar à capital federal, na década de 1990, viu seus filhos adolescentes embarcarem na “moda” do açaí. “Mas o que eles tomavam era uma espécie de mistura. Então, decidi mostrar o verdadeiro açaí, quando comecei a plantação”, conta. Hoje, são 4,5 hectares onde o açaizeiro é cultivado e processado.

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