Ontem (8), o evento Gari Sangue Bom reuniu doadores de sangue na administração do Gama, entre as 9h e as 16h. No local também foram oferecidas as vacinas contra a gripe, influenza e covid-19, disponíveis para aplicação após o procedimento.
A iniciativa destaca a importância da doação de sangue como um ato salvador de vidas. A ação é fruto de parceria entre o Hemocentro, as secretarias de Atendimento à Comunidade (Seac) e de Saúde do DF (SES) o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Administração Regional do Gama.
Além dos servidores de três empresas do DF envolvidas na coleta de resíduos sólidos (Sustentare Saneamento, Valor Ambiental e Suma Brasil), o público em geral também é convidado a participar. Após a doação de sangue, um lanchinho aguarda os doadores.
Segundo a secretária de Atendimento à Comunidade, Clara Roriz, a tendência é levar o projeto a todas as administrações, incentivando cada vez mais as pessoas a doarem sangue.
“É uma ideia que casou com a questão do final do ano, quando estamos com poucas doações e o estoque está baixo, então veio muito a calhar”, pontua a gestora. “Acho que a comunidade precisa saber que doar sangue não é algo tão difícil, e a gente não precisa ter a ideia que só pode doar sangue na hora que a notícia ruim chega. Temos que doar em momentos felizes, de alegria e de cuidado.”
Baixo estoque, risco de vidas
Os estoques sanguíneos do Hemocentro estão 50% abaixo do ideal, e há risco de desabastecimento de hospitais no DF. No momento, a situação é ainda mais crítica para os tipos sanguíneos O positivo, O negativo e A positivo.
A funcionária do SLU Vaneide Garcez de Souza, 36 anos, foi uma das doadoras participantes do evento. “Eu estou doando sangue hoje porque sei que vai salvar muitas vidas”, contou. “Tive um filho com quatro anos que sobreviveu porque uma pessoa doou sangue para ele, então eu vejo a necessidade de doar. Não me custa nada, e estou fazendo o bem para uma pessoa lá na frente que vai necessitar”.
O evento começou com a iniciativa de lideranças comunitárias, conta Clara Roriz: “Uma integrante da liderança do SLU nos trouxe a ideia de juntar a doação de sangue, que é algo positivo para comunidade, com a questão dos servidores da limpeza urbana. Achei uma ideia fantástica, então decidi tirar do papel e ajudá-la a construir algo maior para a comunidade”.
Participação ativa
A idealizadora do projeto Gari Sangue Bom é Maria de Fátima Dias, fiscal de varrição da empresa Valor Ambiental. Ela começou a pensar nisso na época da pandemia, quando os estoques de sangue ficaram críticos em todo o DF.
“Tem que fazer essas parcerias, porque ninguém faz nada sozinho”, avalia ela. “E está tendo um bom resultado: a população também aderiu, além dos garis, sucesso total”. A primeira edição do projeto foi realizada em 15 de setembro, na Administração Regional de Ceilândia.
“Essa é uma ação integrada do Governo do Distrito Federal”, ressaltou a administradora regional do Gama, Joseane Araújo. “Hoje está sendo aqui no Gama, e a gente fica muito feliz com essa participação ativa da comunidade nesse momento de empatia, estar ajudando as pessoas e pensando no próximo.”
Participar da causa vai além de simplesmente dedicar tempo, lembra ela. É um compromisso com a vida e a esperança, oferecendo uma oportunidade de fazer a diferença na vida de alguém que enfrenta desafios de saúde.