O Dia do Empreendedorismo Feminino celebra um marco histórico, revelado pela pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Os números indicam que o número de donas do próprio negócio no Brasil alcançou a marca de 10,3 milhões. A análise, pautada nos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ressalta que o percentual de empreendedoras em relação ao total de negócios atingiu 34,4% no ano de 2022.
Segundo a pesquisa, as mulheres empreendedoras superaram as perdas registradas durante a pandemia, evidenciando um aumento de 30% na geração de empregos, representando um salto de aproximadamente 300 mil.
De acordo com os dados, o percentual de mulheres empreendedoras no Distrito Federal, em relação aos homens, é de 35%, ultrapassando a média nacional de 34,4%. Além disso, 83% das empreendedoras locais são autônomas, enquanto 17% lideram negócios que empregam outras pessoas, superando a média nacional de 13%.
Exemplos na capital
Rosilene Dantas está à frente do app de corrida Lady Driver, aqui no DF. No Brasil, a plataforma foi criada em março de 2017, por conta de muitas reclamações de mulheres que sofrem ou sofreram assédios. Assim, um dos objetivos principais do Lady Driver é a segurança tanto da motorista como da passageira, bem como a independência financeira das mulheres, já que gera novos postos de trabalho.
“A Lady Driver não é apenas um aplicativo de corrida, é uma expressão do empoderamento feminino no universo empreendedor. Estar à frente desse projeto significa proporcionar um ambiente seguro e inclusivo, onde as motoristas têm o poder de decidir sobre seus passageiros. Com mais de 12 mil usuárias cadastradas, estamos construindo uma comunidade que valoriza a confiança e a autonomia, redefinindo o padrão no transporte urbano”, reforça a embaixadora do app no DF.
Empreendedorismo no mercado literário
Foi há três anos, que a escritora, cientista e preparadora literária Lella Malta criou o projeto “Escreva, Garota!” um grupo de apoio, engajamento e capacitação continuada de mulheres que escrevem. As participantes, que estão distribuídas em mais de 5 países, se encontram virtualmente para debater teoria literária, técnicas de escrita criativa, os segredos da autopublicação e o marketing literário, em uma espécie de clube exclusivo com vários benefícios.
“O objetivo é fortalecer uma rede de apoio feminina que se fundamenta na troca de experiências sobre escrita”, explica Lella, que também mentora dezenas de mulheres que desejam publicar seus próprios livros. “Além de colocar nossas palavras no mundo, é fundamental que consumamos livros escritos por mulheres – e mulheres em toda a nossa pluralidade . Quantas escritoras você leu nos últimos tempos? Quantas delas são negras, LGBTQIA+, nortistas, nordestinas?”.
Para Lella, ainda existem desafios no empreendedorismo feminino. “Ser mulher é resistir na existência. É lutar diariamente pelo direito de ser quem se é. Como empreendedora do mercado editorial, função alinhada ao meu propósito de dar voz a outras mulheres, ocupo espaços que por muitas vezes nos foram roubados. Provo que faço arte, mas também faço negócios, que minhas palavras têm o poder de reinventar o mundo, mas também de garantir minha independência financeira”, reforça.
Inovação
Juliana Guimarães é empresária e especialista em estratégia e desenvolvimento de negócios. Também é fundadora do 55Lab.co, um laboratório de negócios que desenvolveu os primeiros programas de pré-aceleração de negócios do lifestyle canábico do país e também é co-fundadora do ODispensário – primeiro espaço físico Espaço físico de acolhimento, compartilhamento de informações e comercialização de produtos lícitos do mercado canábico brasileiro.
“O ambiente de negócios no DF mudou muito nos últimos anos em decorrência de políticas de desburocratização e desoneração tributária. Ainda existem desafios importantes que são inerentes ao empreendedorismo em um país sem cultura empreendedora, mas o Distrito Federal tem muitas oportunidades por ser economicamente estável e com potencial de crescimento. Empreender como mulher pode apresentar alguns desafios a mais (principalmente para as que, assim como eu, também escolherem também exercer a maternidade). Ainda vivemos pré-conceitos e desafios para acessar crédito (tanto em volume de grana quanto nos prazos de pagamentos e taxas de juros); enfrentamos também os desafios da tripla jornada (casa, filhos e trabalho) que ainda pesa muito na rotina feminina e, em vários momentos, dificuldades em processos de negociações e visibilidade quando comparamos com a performance de colegas do gênero masculino”, explica.
O primeiro dispensário do país foi inaugurado no ano passado, na CLN 102 Bloco C loja 30, na Asa Norte. O espaço conta com produtos terpenados – usados principalmente para conferir cheiro e sabor, mas sem canabinóides, apenas inspirados na cannabis. Quem frequentar o dispensário poderá provar cafés terpenados, cervejas artesanais com blend de óleos, pratos especiais e até chocolates. Para os entusiastas no lifestyle, a organização do local preparou ainda uma curadoria especial de roupas e acessórios.
Melhora na estética e na saúde
A Dra. Mari Oliveira é cirurgiã dentista, conhecida por ter um olhar treinado em identificar a beleza de cada face preservando a identidade de cada indivíduo, aumenta a autoconfiança pessoal e profissional dos pacientes devolvendo saúde. Com apenas 31 anos, a cirurgiã-dentista já acumula uma extensa lista de pacientes fidelizados e alunos capacitados em suas técnicas de harmonização Orofacial e vendas. Além de estar a frente de uma clínica localizada em Águas Claras, também ministra o curso Flow Up.
A especialista palestra no maior congresso odontológico da América Latina, o Ciosp, é Speaker Croma Pharma Saypha e membro da Sociedade Brasileira de toxina botulínica e implantes injetáveis. Ministra cursos de técnicas de harmonização facial. Em 2015 desenvolveu o projeto “Volte a Brilhar” para atendimento de mulheres que perderam a sua identidade e precisam de um resgate emocional, saúde bucal e identidade facial.