A antecipação da segunda dose da vacina contra Covid-19 gerou longas filas em postos de imunização do Distrito Federal, desde a manhã desta quarta-feira (8). Em regiões como Guará, Asa Norte, Sobradinho e Planaltina, houve registros de espera e aglomeração (veja detalhes abaixo).
A redução do intervalo beneficia quem tinha a aplicação da dose final – das vacinas da Pfizer ou da Astrazeneca – marcada para até 24 de setembro. Essas pessoas já podem procurar os postos.
A antecipação foi anunciada na segunda-feira (6), depois da chegada de 31 mil novas doses do imunizante. A estratégia de agilizar o término do ciclo de imunização já vem sendo adotada pelo GDF desde o último mês.
Filas e espera
Nesta manhã, na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Guará, a fila para segunda dose da vacina contra Covid dava uma volta no posto. A maioria das pessoas que estavam na fila queria antecipar a D2.
O vigilante José Almeida tinha a segunda dose agendada para o dia 24 de setembro, mas preferiu garantir a vacina logo. “Eu quis adiantar por uma questão de segurança. Para ficar mais protegido”, disse.
A UBS da 114 Norte também estava cheia. Para evitar aglomeração, os funcionários chamavam grupos de dez pessoas para entrarem no posto.
A funcionária pública Sheila Lima levou um livro para ler durante a espera. “Imaginei que teria muita gente, então pensei em ficar tranquila e aproveitar o tempo da melhor maneira possível, já que eu vou ficar parada.
“No Centro Olímpico de Planaltina, houve aglomeração na arquibancada. Na UBS 1 de Águas Claras, os moradores se queixaram da aglomeração e da falta de organização do posto. Também teve fila longa na UBS 1 do Lago Norte.
Alerta
Segundo a Secretaria de Saúde, nem todos os postos têm todas as vacinas disponíveis para segunda dose. Por isso, é importante conferir, no site da pasta, onde está sendo aplicada a segunda dose da Pfizer e da AstraZeneca. Para receber a dose final, é necessário levar o cartão de vacinação com o registro da inicial.
De acordo com a infectologista Ana Germoglio, a imunização é essencial no combate à pandemia. “Principalmente agora, com uma variante de alta transmissão circulando, quanto mais pessoas completamente vacinadas, melhor para a redução da hospitalização e de casos graves. Mas claro que o adiantamento das doses deve ocorrer desde que não haja impacto na aplicação da primeira dose das pessoas que ainda faltam se vacinar”, afirma.