Após nove dias internado, um menino de 1 ano e 9 meses que se afogou na piscina da casa de familiares no Lago Sul, em Brasília, recebeu alta nesta segunda-feira (1º). O acidente ocorreu no dia 23 de maio.
Os bombeiros que atuaram no resgate deram um apelido a ele: “guerreiro”. O pequeno Téo saiu do hospital no colo do pai. Ele se recuperou e não sofreu sequelas físicas do afogamento.
Durante o socorro, os militares fizeram várias tentativas para reanimá-lo. Até que, 26 minutos depois, ele voltou a respirar. O sargento Charleston, que já atua há 20 anos na corporação, afirmou que o salvamento do Téo foi “o mais emocionante da carreira”.
“Foi muito difícil, mas em nenhum momento a gente nunca perdeu a esperança”, disse.
Durante almoço de família
A mãe do menino, Luiza Zanello, conta que o afogamento aconteceu logo após o almoço em família, quando Téo foi brincar com outras crianças.
“Minha irmã gritou: o Téo está na piscina. E aí saiu eu e minha irmã correndo. Nós duas pulamos na piscina e já tiramos ele bem roxinho. Não estava respirando, já não tinha batimentos”, disse.
Os familiares iniciaram os primeiros socorros até a chegada dos bombeiros, três minutos após o chamado. Um helicóptero foi acionado, em caso de necessidade.
“A gente via a vontade dele de querer voltar”, disse o sargento que prestou o socorro.
Recuperação
O empresário Vitor Brixi, pai do Téo, define a recuperação do filho como “milagrosa”. Ele precisou ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Desde o tempo que ele voltou a pulsar, até o momento da sala vermelha e, depois, na UTI, mesmo o diagnóstico era esse que ele não ia sobreviver e lá de novo acho que outro milagre trouxe ele de volta. E trouxe bem, sem nenhuma sequela”, conta.
Riscos
A pediatra Nathália Sarkis alerta para o risco de lesão cerebral em casos de crianças afogadas.
“Quanto mais rápido essa criança for atendida, for socorrida, melhor vai ser o prognóstico dela”, disse.
A especialista aconselha que além de os pais monitorarem as crianças constantemente, as piscinas sejam fechadas com grades.
“A criança às vezes está à beira da piscina ou perto de um balde e de uma bacia e tem a tendência de jogar o corpo pra frente, e isso é suficiente pra criança afogar”, conta.