A desidratação ocorre quando o corpo usa ou perde mais líquido do que o ingerido. Quando isso acontece, o organismo pode ter dificuldades para realizar suas funções normais. Se você não repõe os líquidos que são utilizados ou perdidos, ocorre a desidratação.
Todos os dias perdemos uma certa quantidade de água com suor, urina, fezes e sob a forma de vapor ao respirar. Juntamente com a água, pequenas quantidades de sais minerais também são perdidos. Além disso, a água é responsável por nutrir as células do nosso corpo e garantir que todas as funções serão devidamente cumpridas.
Ao perder muita água, o corpo ficar fora de equilíbrio ou desidratado. A desidratação severa pode levar à morte.
Tipos
De acordo com a gastroenterologista Maira Marzinotto, a desidratação pode ser dividida em três tipos:
Isotônica
Esse tipo de desidratação é decorrente da perda de volume sanguíneo (após um quadro de diarreia, por exemplo). O termo isotônica significa que há perda de água e sais minerais na mesma proporção.
Hipertônica
É a desidratação que cursa com perda de água e aumento do sódio no sangue. Esse tipo de desidratação é secundária geralmente a alguns problemas de saúde, como o diabetes insipidus ou a doenças mais graves, como queimaduras extensas ou febres prolongadas.
Hipotônica
Está relacionada à perda de sal e consequente diminuição do sódio no sangue. Esse quadro geralmente é causado pelo uso abusivo de diuréticos (que fazem o rim excreta excesso de sal) ou em portadores de problemas renais.
Causas
Muitas condições podem causar perdas de fluido rápido e contínuo, levando a desidratação:
- Febre
- Sudorese, normalmente relacionado ao calor intenso ou esforço físico
- Vômito, diarreia e aumento da frequência urinária devido à infecção
- Urinar em excesso, geralmente relacionado com o diabetes
- Incapacidade de ingerir comida e água apropriadamente (como no caso de uma pessoa com deficiência)
- Capacidade diminuída para ingerir líquidos (por exemplo, alguém em coma ou em um respirador)
- Falta de acesso à água potável
- Lesões significativas na pele, como queimaduras ou feridas na boca, e doenças de pele graves ou infecções (a água é perdida através da pele danificada).
Fatores de risco
Qualquer um pode ficar desidratado se perde muitos líquidos. Mas algumas pessoas estão em maior risco, incluindo:
Bebês e crianças
As crianças tendem a desidratar porque têm com maior frequência quadros de febre, diarreia, vômitos e outras infecções. Como o organismo da criança tem uma proporção maior de água, qualquer perda que não é corrigida pode levar à desidratação.
Idosos e pessoas na meia idade
Conforme você envelhece, se torna mais suscetível à desidratação por várias razões: a capacidade do organismo para conservar a água é reduzida, o senso de sede torna-se menos aguçado, e há uma menor capacidade de responder às mudanças de temperatura. Além do mais, pessoas idosas que vivem em casas de repouso ou sozinhas tendem a comer menos do que as pessoas mais jovens e às vezes podem se esquecer de comer ou beber tudo que necessitam no dia. Deficiência ou negligência também pode impedi-los de estar bem nutridos. Estes problemas são agravados por doenças crônicas, como diabetes, demência e pelo uso de certos medicamentos.
Pessoas com doenças crônicas
Ter diabetes não controlada coloca em alto risco de desidratação. Mas outras doenças crônicas, como doença renal e insuficiência cardíaca, também aumentam o risco do problema. Infecções ou feridas na garganta, em menor proporção, também podem contribuir para desidratação uma vez que podem impedir a pessoa de comer ou beber adequadamente. A febre aumenta a desidratação ainda mais.
Atletas de resistência
Qualquer pessoa que se exercita pode ficar desidratada, especialmente em climas quentes e úmidos ou em altas altitudes. Mas os atletas que treinam para participar de uma ultramaratona, triathlon, expedições de alpinismo ou torneios de ciclismo, por exemplo, estão em risco particularmente elevado. Isso porque quanto mais você se exercita, mais difícil é manter-se hidratado. Durante o exercício, o corpo pode perder mais água do que pode absorver. A desidratação também é cumulativa ao longo de um período de dias, o que significa que é possível ficar desidratado mesmo com uma rotina de exercícios moderados se você não beber o suficiente para substituir o que perdeu em uma base diária.
Viver em grandes altitudes
Viver, trabalhar e se exercitar em altitudes elevadas (geralmente definidos como acima 8.200 pés, ou cerca de 2.500 metros) pode causar uma série de problemas de saúde. Um deles é a desidratação, que geralmente ocorre quando o corpo tenta se ajustar a altas altitudes através do aumento da micção e uma respiração mais rápida – quanto mais rápido você respira para manter os níveis adequados de oxigênio no sangue, mais vapor de é expirado.
Trabalhar ou se exercitar em um clima quente e úmido
Quando está quente e úmido, o risco de desidratação e de doenças provocadas pelo calor aumenta. Isso porque quando o ar está úmido, o suor não consegue evaporar e refrescá-lo tão rapidamente como normalmente faz, e isso pode levar a um aumento da temperatura corporal e a necessidade de mais fluidos.
Sintomas de Desidratação
Desidratação leve a moderada pode causar:
- Boca seca e pegajosa
- Sonolência ou cansaço – crianças tendem a ser menos ativas do que o habitual
- Sede
- Diminuição da produção de urina (para bebês, não molhar a fralda por três horas ou mais)
- Pouca ou nenhuma lágrima ao chorar
- Pele seca
- Dor de cabeça
- Prisão de ventre
- Tonturas ou vertigens.
by: LUCAS SANTANA