Um homem, de 34 anos, foi preso por aplicar golpes oferecendo serviços de instalação de piscinas no Distrito Federal e Entorno. Segundo a Polícia Civil do DF (PCDF), ele fechava o negócio com as vítimas, pedia uma entrada em dinheiro e sumia.
A investigação aponta que Tiago da Silva Rodrigues recebeu, indevidamente, cerca de R$ 60,8 mil nos golpes aplicados em, pelo menos, nove pessoas, em Vicente Pires, no Lago Sul, no Recanto das Emas, em Águas Claras, Arniqueiras e em Santo Antônio do Descoberto (GO). Os crimes teriam ocorrido entre 2017 e 2021.
A prisão preventiva ocorreu na quarta-feira (26), na Colônia Agrícola Águas Claras, durante a Operação Fake Pool. Se for condenado, ele pode pegar de 1 a 5 anos de prisão por cada crime de estelionato.
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Uma das vítimas é moradora de Vicente Pires. De acordo com o delegado-chefe da 38ª Delegacia de Polícia, João de Ataliba Nogueira, o golpe ocorreu em novembro do ano passado.
Tiago foi contratado para instalar a parte elétrica e hidráulica de uma piscina. O serviço foi acordado em R$ 13 mil e, segundo Ataliba, o homem pediu um “sinal” de R$ 2 mil para começar o trabalho.
“A vítima efetuou o pagamento por pix e pagou o restante do valor acordado em dez vezes, no cartão de crédito. O Tiago prometeu que realizaria o serviço no dia seguinte, mas não apareceu”, conta o delegado.
À polícia, a vítima relatou que Tiago apresentava desculpas pelo não comparecimento e prometia iniciar o serviço no dia seguinte ou na semana posterior. “Dizia que estava gripado, acamado, com Covid, mas nunca apresentou um atestado ou teste de positivo para a doença, que pudesse comprovar as alegações”, diz o policial.
Um mês após contratar o serviço, a vítima registrou um boletim de ocorrência. Durante a investigação, os policiais viram que Tiago tinha 25 ocorrências policiais por diversos crimes, a maioria estelionato.
Em nove dessas ocorrências, registradas entre 2017 e 2021, as vítimas relataram o “golpe da piscina”. A Polícia Civil acredita que Tiago praticava os crimes desde 2013.
O homem também é investigado por ter efetuado, em 2020, a compra fraudulenta de mercadorias, no valor de R$ 6,8 mil, em uma loja de produtos de piscinas, em Vicente Pires. Ele teria simulado o pagamento através de um falso pix.
“Acreditamos que outras vítimas possam reconhecê-lo e denunciar às autoridades para que ele possa responder por todos os crimes que ele tenha efetivamente praticado”, diz o delegado.