Segundo a namorada, Beatriz Souza Lopes, de 22 anos, por volta do meio-dia de sábado (10) Lucas chegou para almoçar na casa dela e se deparou com o suspeito na frente de casa “encarando” os dois. Ela conta que, durante a tarde, eles foram ao mercado duas vezes e o homem os seguiu em ambas.
“Por conta do clima estranho, eu e minha família decidimos que jantaríamos fora”, conta. Quando voltaram para casa, o vizinho estaria novamente no portão da casa dele, outra vez “encarando” a vítima.
Por volta de 1h, a irmã de Beatriz resolveu ir embora com o marido. Ela conta que a família foi toda para fora para se despedir e viram o vizinho, desta vez com um facão na mão.
Beatriz disse que a irmã “perdeu a paciência” e resolveu questionar o que o vizinho queria e porque estava se comportando daquela maneira. Segundo ela, foi quando o homem partiu para cima deles, “tentando acertar todo mundo com o facão”.
A vítima, o cunhado de Beatriz e mais um familiar teriam conseguido bater com uma madeira na mão do suspeito e derrubar a arma. “Foi quando o Lucas tentou imobilizar o homem e caiu abraçado com ele no chão. O homem então pegou uma outra faca da cintura e acertou o Lucas no peito”, conta.
Segundo Beatriz, o assassino ainda tentou acertar mais facadas, mas os presentes conseguiram desarmá-lo.
O homem foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A vítima foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
O velório está marcado para a manhã desta segunda-feira (12), no Cemitério de Taguatinga.
De acordo com a namorada da vítima, o vizinho “implicava com ela e com a família” desde que se mudaram para o local, há cinco meses. Na mesma noite da mudança, segundo Beatriz, o suspeito do crime começou a jogar pedras no telhado da casa dela.
“Lucas foi reclamar e dos dois bateram boca”, afirmou. De acordo com a jovem, o vizinho chegou a tentar pular o muro deles, mas desistiu quando viu um cachorro no lote. A confusão teria acontecido porque o homem os acusava de estar “fazendo festa até tarde” — o que Beatriz nega.
Depois dessa confusão, a moça conta que não tiveram mais contato direto com o homem — até a madrugada de domingo (11), quando ocorreu o crime.