Criados para evitar o descarte de lixo em áreas irregulares, os papa-lixos são encontrados em 30 regiões administrativas do Distrito Federal. Só neste ano, o Sistema de Limpeza Urbana (SLU) investiu cerca de R$ 3,7 milhões para a implantação de 108 desses equipamentos pela cidade, totalizando 439 unidades por toda a capital federal.
O projeto surgiu primeiramente para atender as regiões isoladas e rurais que tinham pequenos lixões ou enfrentavam dificuldades para que os caminhões do SLU fizessem o recolhimento de porta em porta. “Foi feito por uma questão de saúde pública e para evitar pequenos lixões em áreas verdes. Deu tão certo que hoje temos os papa-lixos espalhados por quase todas as regiões administrativas e já estamos com um processo de licitação para novas instalações no ano que vem”, afirma o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira.
O papa-lixo é um equipamento semienterrado que serve para receber resíduos convencionais, como lixo orgânico e doméstico, excluindo os itens da seleta coletiva (materiais recicláveis) e entulhos (restos de obra e podas de árvores). Os contêineres têm capacidade de armazenar 5 metros cúbicos e contam com recolhimento diário pelo SLU.
Até novembro, foram retiradas 200 toneladas de descarte por todo o DF. “Eles lotam muito rápido. Estamos estudando a possibilidade de fazer a coleta duas vezes por dia”, adianta Vieira. Os materiais retirados passam pelas usinas, onde muitas vezes é preciso ser feita uma triagem para separar itens recicláveis. O destino final do que é recolhido é o aterro sanitário.
O diretor-presidente do SLU faz um apelo aos brasilienses para que conservem os equipamentos e façam o descarte correto, colocando o lixo dentro do contêiner: “Temos visto papa-lixos queimados e vandalizados. É um equipamento caro e que pertence a cada um de nós. Peço a conscientização da população para preservar. É um equipamento muito importante”.
Limpeza e organização
Das 33 regiões administrativas do DF, 30 já contam com o papa-lixo. A cidade com mais unidades do equipamento é Sol Nascente/Pôr do Sol, que acumula 63 contêineres. A grande quantidade no local surgiu para resolver um problema antigo.
“Lá temos mais porque durante muito tempo tínhamos dificuldade de ir de porta em porta por causa das ruas; então o papa-lixo acaba sendo uma solução onde o caminhão não consegue chegar”, explica o diretor-presidente do SLU.
O administrador regional do Sol Nascente, Antônio José, diz que o equipamento ajuda a manter a limpeza da cidade. “O papa-lixo na região tem uma grande colaboração em manter a cidade mais limpa e organizada, traz um ar de organização. Também deixa a população mais consciente em relação ao descarte correto”, destaca.
utras cinco regiões estão entre as que mais contam com o serviço: São Sebastião (35), Gama (31), Recanto das Emas (28), Sudoeste/Octogonal (27) e Vicente Pires (25). É possível verificar todas as regiões que possuem papa-lixo se a localização exata pelo site do SLU.
A escolha do local onde será instalado o equipamento é feita com ajuda de um grupo de gestores, com técnicos do SLU e integrantes da Caesb, da Neoenergia e das administrações regionais. O objetivo é garantir que a instalação seja feita em uma área sem fios ou rede de esgoto e que atenda a população. Os moradores podem solicitar o papa-lixo pelos canais oficiais da Ouvidoria – o telefone 162 ou o site www.ouv.df.gov.br.