O Distrito Federal ultrapassou, nesta segunda-feira (17), a marca de 2 mil mortes pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, a Secretaria de Saúde confirmou mais 66 óbitos – o maior registro desde o início da pandemia na capital. Assim, o total sobe para 2.042 (veja detalhes abaixo).
De acordo com a pasta, as 66 mortes registradas ocorreram entre os dias 25 de julho e esta segunda. Do total de óbitos, 173 vítimas vieram de outras regiões para buscar atendimento médico em Brasília, sendo a maioria do Entorno do DF.
O número de infectados pelo vírus também subiu e chegou a 138.735. São 2.268 contaminados a mais que o contabilizado até a noite de domingo (16). Do total, 119.457 (86,1%) são pacientes já recuperados da doença.
Mortes por Covid-19
A primeira morte causada pela Covid-19 na capital ocorreu em 23 de março, mas foi confirmada pela SES-DF seis dias depois. A vítima era uma enfermeira de 61 anos, que atuava como assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Em 31 de maio, o DF já contabilizava 170 mortes provocadas pelo vírus. O mês de junho terminou com 587 vítimas na capital. Julho, por sua vez, concentrou o maior número de mortes desde o início da pandemia: foram 882 em 31 dias.
Em agosto, os números não desaceleraram. Nos primeiros 17 dias do mês, foram registrados 573 óbitos na capital, média de 33,7 por dia. O índice é 18% maior que o registrado em julho.
Na semana passada, a avó da primeira-dama Michelle Bolsonaro morreu vítima da Covid-19, no Hospital Regional de Ceilândia. No domingo (16), o padre Cássio Augusto, de 40 anos, que atuava na Paróquia Nossa Senhora da Assunção, no P Sul, também foi vítima da doença.
Perfil das vítimas
Das 66 mortes confirmadas nesta segunda, 23 eram mulheres e 43, homens. Com relação à faixa etária, a maioria tinha mais de 80 anos. Veja detalhes abaixo:
Faixa etária
- 30 a 39 anos: 1
- 40 a 49 anos: 8
- 50 a 59 anos: 14
- 60 a 69 anos: 12
- 70 a 79 anos: 14
- 80 ou mais anos: 17
*Região de residência
- Águas Claras: 1
- Brazlândia: 2
- Candangolândia: 1
- Ceilândia: 13
- Gama: 6
- Guará: 2
- Itapoã: 1
- Lago Norte: 2
- Park Way: 1
- Planaltina: 6
- Plano Piloto: 2
- Recanto das Emas: 4
- Riacho Fundo: 1
- Samambaia: 7
- Santa Maria: 3
- SCIA – Estrutural: 1
- Sobradinho: 1
- Sobradinho II: 1
- Sudoeste/Octogonal: 2
- Taguatinga: 4
- Vicente Pires: 1
*Quatro vítimas moravam no Entorno do Distrito Federal.
Comorbidades
Ao todo, 57 pacientes tinham comorbidades – doenças relacionadas capazes de agravar o quadro – e nove, não. Os distúrbios registrados são:
- Doença cardiovascular: 44
- Distúrbios metabólicos: 28
- Nefropatia: 8
- Imunossupressão: 3
- Obesidade: 10
- Pneumopatia: 9
Onde ocorreram as mortes
- Hospitais particulares: 35
- Hospital da Polícia Militar: 2
- Hospital das Forças Armadas: 6
- Hospital Regional da Asa Norte: 4
- Hospital Regional de Ceilândia: 1
- Hospital Regional de Planaltina: 1
- Hospital Regional de Samambaia: 1
- Hospital Regional de Santa Maria: 1
- Hospital Regional de Sobradinho: 2
- Hospital Regional do Gama: 4
- Hospital Universitário de Brasília: 4
- Instituto de Cardiologia do DF: 1
- UPA de Ceilândia: 3
- UPA de São Sebastião: 1
Perfil de infectados
Segundo o levantamento da Secretaria de Saúde, a maioria dos pacientes infectados é formada por mulheres (53,3%) e tem entre 30 e 39 anos. Veja abaixo os casos por faixa etária:
- Menor de 2 anos: 852
- 2 a 10 anos: 2.808
- 11 a 19 anos: 6.324
- 20 a 29 anos: 25.868
- 30 a 39 anos: 37.367
- 40 a 49 anos: 30.684
- 50 a 59 anos: 19.028
- 60 a 69 anos: 9.236
- 70 a 79 anos: 4.316
- 80 ou mais anos: 2.252
Com relação às regiões do Distrito Federal, Ceilândia tem a situação mais grave. Até o início da noite desta segunda, a cidade tinha 17.338 casos e 390 mortes. Veja tabela completa abaixo:
Casos de coronavírus por região do DF, em 17 de agosto — Foto: SES-DF/Reprodução
Ocupação de leitos de Covid-19
Até o início da noite, o portal do governo do DF que monitora a ocupação dos hospitais durante a pandemia mostrava que apenas 22, das 274 vagas reservadas para pacientes com Covid-19 na rede privada, estavam disponíveis. A taxa de ocupação de leitos adultos era de 92,16% e de pediátricos, 50%.
Na rede pública, até às 16h29 desta segunda, 69,47% dos leitos para cuidado intensivo estavam ocupados. Ou seja, das 771 vagas, 507 estavam ocupadas e 44, bloqueadas. Os leitos livres eram 220. O número inclui unidades pediátricas, neonatais e adultas.