Geraldo Alckmin diz que hostilidade a Alexandre de Moraes é inadmissível e que ódio não pode continuar

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, prestou solidariedade ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes neste domingo (16) e afirmou pelas redes sociais que as agressões contra ele são inadmissíveis.

“Inadmissíveis as agressões ocorridas contra o ministro Alexandre de Moraes. Manifesto toda minha solidariedade ao ministro e a sua família, e repudio a forma desrespeitosa e agressiva dos atos perpetrados. O Brasil votou pela democracia. O clima de ódio e desrespeito provocados por alguns não pode continuar”, escreveu.

Nesta sexta (14), Moraes e a família foram hostilizados por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma, na Itália. A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o episódio, incluindo uma possível agressão ao filho do ministro.

Segundo informações colhidas pelos investigadores, o grupo teria usado expressões como “bandido”, “comunista” e “comprado”. Um dos suspeitos é o empresário Roberto Mantovani Filho, 71, que mora no interior de São Paulo. Ele foi abordado pela PF neste sábado na chegada ao Brasil.

Mantovani disse à Folha de S.Paulo que avistou Moraes no aeroporto internacional de Roma na sexta, mas não falou com ele. “O que eu posso falar para você é que eu vi realmente o ministro. Ele estava sentado em uma sala, mas eu não dirigi nenhuma palavra a ele”, disse.

Ele, a esposa (Andreia Munarão), o filho (Giovanni Mantovani) e o genro (Alex Zanatta Bignotto) são alvos da apuração da PF. Questionado pela Folha de S.Paulo sobre a informação de que o filho do ministro teria sido agredido, Mantovani não quis comentar.

Moraes participou na Itália de um fórum internacional de direito realizado na Universidade de Siena. Ele compôs mesa no painel Justiça Constitucional e Democracia, da qual participou ainda o ministro André Ramos Tavares, integrante do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Neste sábado (15), diversas autoridades repudiaram o episódio. O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou que o MPF (Ministério Público Federal) tomasse as medidas cabíveis. O PGR classificou agressão como “repulsiva” e afirmou ser um agravante o fato de a hostilidade ter atingido a família de Moraes.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também prestou solidariedade. “Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem [sexta], são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade”, escreveu.

“Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico. Todos os lados precisam colaborar para que o antagonismo fique no campo das ideias e das ações legítimas”, completou.

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