Durante pandemia, gasolina chega a preço mais baixo em quase três anos no DF

Em tempos de isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, o preço da gasolina no Distrito Federal chegou ao mais baixo em quase três anos. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), até o dia 2 de maio, o valor médio do litro do combustível era de R$ 3,631.

É o menor preço registrado pelo levantamento da ANP desde agosto de 2017. O valor representa ainda queda de 15,5% em relação à primeira semana de março, antes de a pandemia chegar à capital. O estudo aponta ainda que, até a semana passada, a gasolina podia ser encontrada a R$ 3,359.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, essa queda no preço do combustível está relacionada à crise gerada pelo novo coronavírus e o mercado internacional.

“O barril do petróleo caiu nesse período [pandemia] de U$ 60 para U$ 10”, explica.

Paulo afirma que os postos de gasolina permanecem com queda de 60% no volume de vendas. Segundo ele, o impacto das medidas de restrição contra o coronavírus ocasionou “dívidas com as distribuidoras, baixa rentabilidade e demissões”.

Um levantamento feito pela empresa Vale Card aponta na mesma direção da ANP. Segundo o relatório, referente ao mês de abril, o DF registrou queda de 12,95% no valor médio do combustível.

Conforme a Vale Card, é a segunda maior redução no país. A capital só está atrás do Paraná, que teve queda de 13,85% no mesmo período. O levantamento é feito por meio do registro de transações realizadas com o cartão de abastecimento da empresa.

Novo aumento

Após quedas sucessivas, a expectativa é de que nos próximos dias haja um reajuste no preço da gasolina. Isso porque, na última quarta-feira (6), a Petrobras anunciou aumento de 12% no preço médio do combustível nas refinarias. O novo valor começou a valer na quinta (7).

O avanço ocorre após uma recuperação recente dos preços do barril do petróleo no mercado internacional, à medida que alguns países da Europa e da Ásia, assim como diversos estados norte-americanos, começaram a flexibilizar medidas de isolamento tomadas em função da pandemia do novo coronavírus.

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