Priscila Laís Gomes Marques, 32 anos, tem quatro filhos, de 16, 6, 3 anos e 3 meses. Desempregada, ela sustenta a família por meio de benefícios assistenciais do governo e com a ajuda de parentes e amigos. A alimentação básica familiar é garantida com os R$ 250 do cartão Prato Cheio e complementada por frutas e verduras entregues semanalmente pela Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF). Agora, junto com as cestas verdes, ela recebe leite pasteurizado adquirido pelo GDF.
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) fez chamada pública para comprar 118 mil litros de leite fluido pasteurizado integral de produtores rurais. A iniciativa tem dois objetivos: fomentar a comercialização de produtos da agricultura familiar do DF e do entorno e, promover a segurança alimentar de famílias carentes e de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O leite vem de uma cooperativa, que reúne 67 agricultores familiares de Luziânia, e é um reforço nutricional para cerca de 62 mil pessoas. Foi comprado por meio do Programa de Aquisição da Produção de Agricultura do Distrito Federal (Papa-DF) e custou R$ 350 mil aos cofres públicos. Investimento garantido por uma emenda parlamentar da ex-deputada Telma Rufino.
A cada semana, o produto adquirido pela Seagri é entregue pela cooperativa na Ceasa e distribuído às entidades cadastradas no Banco de Alimentos. A entrega começou nesta semana e será feita até o fim de dezembro, de terça à sexta-feira.
Na casa de Priscila, o leite será suficiente para alimentar as crianças por dois dias. “Eles tomam muito leite. O caçula ainda mama, mas está na mamadeira também porque chorava de fome quando só tomava leite materno”, disse. “Essa doação é muito importante. É um complemento a mais à alimentação deles. Meu marido é autônomo e não está arrumando serviço”, ressaltou.
O leite adquirido pelo governo local também é doado para 33 entidades socioassistenciais cadastradas na Ceasa, que prestam serviço contínuo a idosos, crianças e adolescentes. São instituições como os abrigos, que, juntas, atendem cerca de 2,8 mil pessoas. Há ainda a distribuição do laticínio para 96 instituições, que prestam assistência a famílias carentes, como congregações religiosas, que auxiliam 15 mil famílias.