Saber agir com empatia e ter informações adequadas podem auxiliar nos cenários em que é preciso oferecer suporte para pessoas em situação de risco suicida. Diante da importância do tema na sociedade, 10 de setembro marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Em 2023, o tema da iniciativa é Criar esperança através da ação.
Para ajudar na prevenção, a especialista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Fernanda Benquerer, reúne algumas orientações, como o acolhimento de formas positivas. “Escutar ativamente é realmente estar disponível junto à pessoa e suspender os próprios julgamentos. É muito comum a gente querer trazer uma resposta, apresentar uma solução, mas é mais importante criar um bom vínculo com a pessoa e, assim, construir alternativas”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) em psiquiatria.
Nos momentos de crise, é importante não deixar a pessoa sozinha e mobilizar familiares ou pessoas próximas para acompanhá-la. Neste contexto, também é relevante afastá-la de locais, objetos e métodos potencialmente perigosos.
Cada situação exige estratégias específicas, pois cada caso tem particularidades. Porém, orientações básicas de como agir podem ajudar de fato pessoas com comportamento suicida. “Há várias medidas que são efetivas para reduzir o risco de suicídio. Há ainda muitos mitos que podem prejudicar a busca e a oferta de ajuda”, aponta a médica.
Encaminhamento
Após o acolhimento inicial, deve-se prosseguir a avaliação de risco de suicídio, para seguir com as demais intervenções. Os especialistas em saúde mental, que incluem psicólogos e psiquiatras, podem ser acionados em vários contextos da rede, como unidades de urgência e emergência, hospitais gerais e especializado e os centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Para intervenções imediatas nos casos de urgência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deve ser acionado pelo telefone 192. O Samu conta com um Núcleo de Saúde Mental, que oferece atendimento diariamente à população e suporte às demais equipes.
A prevenção do suicídio é responsabilidade de toda a sociedade e demanda ações, entre vários setores, articuladas e embasadas em evidências para apresentar efetividade.
Para uma melhor orientação, a Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam) da Secretaria de Saúde do DF reúne normas e regulamentações, como o Plano Distrital de Prevenção do Suicídio e notas técnicas sobre o tema, que podem ser conferidas na página de Saúde Mental, no tópico Prevenção do Suicídio. No mesmo local também está acessível o Manual de Orientações para o Atendimento à Pessoa em Risco de Suicídio, publicado pelo Comitê Permanente de Prevenção do Suicídio.