O Brasília Game Festival (BGF) tem sido palco de histórias que vão além da competição. Uma delas é a trajetória do time de counter strike 2 ,formado exclusivamente por jogadores surdos e liderado por Matheus Hipólito, capitão da equipe. Para além de disputar partidas, o grupo mostrou que a inclusão no universo gamer não só é possível, como também necessária.
“Nós nascemos com o sonho de provar que a surdez não é uma limitação, mas uma identidade”, afirma Matheus Hipólito. “A comunicação por sinais, olhares e estratégias visuais nos une e fortalece. Jogamos com o coração.”
A equipe participou de um campeonato importante dentro da Arena Gamer do BGF. Mesmo com a eliminação precoce, os jogadores deixaram a marca de superação, união e respeito. “Mostramos que estamos no cenário, que merecemos espaço e que representamos um Brasil mais diverso também nos eSports”, valoriza o capitão do time.
O grupo encara diariamente a falta de acessibilidade, o preconceito e a escassez de apoio. Ainda assim, segue firme, treinando com foco e determinação. A presença deles no festival é um lembrete de que o jogo também é um espaço de inclusão.
Diversidade e inclusão
“O BGF é, acima de tudo, um espaço democrático”, avalia o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman. “Ver um time como esse, que enfrenta barreiras com coragem e talento, reforça nosso compromisso com a diversidade e com a construção de um ecossistema mais acessível e representativo.”