GDF sai na frente para enfrentar possível segunda onda do coronavírus

O Governo do Distrito Federal (GDF) já está organizado para o enfrentamento de uma possível segunda onda do novo coronavírus Sars-CoV-2. Durante coletiva de imprensa virtual, na manhã desta segunda-feira (30), o secretário de saúde Osnei Okumoto afirmou que um inquérito epidemiológico, envolvendo mais de 100 profissionais de saúde, será aplicado nas 34 regiões administrativas a partir desta quarta-feira (2), a começar por Ceilândia.

“O DF apresentou um aumento, não tão acentuado, do índice de transmissão do coronavírus. O inquérito epidemiológico vai nos trazer dados mais precisos sobre a chegada de uma possível segunda onda de Covid-19. Mas nós estamos aqui para demonstrar que o GDF está preparado para fazer este enfrentamento”, garantiu o secretário de saúde. De acordo com Osnei Okumoto, o inquérito se faz necessário, especialmente depois que a taxa de transmissão da doença no DF subiu de 1 para 1,3. Isso indica a expansão da transmissão da doença no Distrito Federal, com 88% das regiões administrativas registrando esse aumento.

Osnei Okumoto aproveitou a oportunidade para pedir a mobilização da população. “É importante que a sociedade faça a sua parte respeitando o distanciamento social, mantendo o uso de máscara e, caso tenha sido testado positivo, respeitar o isolamento de 14 dias”, declarou o secretário de Saúde.

Para que a iniciativa dê frutos, o diretor de Vigilância Epidemiológica, Cássio Peterka, informou que está alinhando a ação com o Corpo de Bombeiros e o Sesc para organizar a aplicação do inquérito em Ceilândia, região com maior registro de casos da Covid-19. Para ele, é fundamental que os moradores sejam informados sobre a iniciativa e contribuam ao receber os profissionais de saúde em suas residências.

“O resultado disso será importante, porque é como se fosse uma fotografia do que aconteceu no Distrito Federal. Vamos utilizar o inquérito sorológico para saber quais pessoas já tiveram, ou não, contato com a Covid-19. Lembrando que nem todo mundo que tem contato com o vírus adoece”, destacou o diretor de Vigilância Epidemiológica.

O presidente do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF), Paulo Ricardo Silva, falou sobre os atendimentos nas UPAs e nos hospitais de Base e de Santa Maria. “Estamos articulando um plano em parceria com a Secretaria de Saúde. Estamos à disposição da secretaria como retaguarda, usando as unidades básicas de saúde como porta de entrada de pacientes com coronavírus e, havendo necessidade, forneceremos atendimentos em nossos hospitais”, afirmou Paulo Ricardo Silva.

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